Economia de custos e aumento da competitividade entram na ‘conta’ da eficiência energética
Em 22 de outubro de 2025, às 14:54
A eficiência energética (EE) é um dos temas prioritários a serem tratados quando o assunto são mudanças climáticas e descarbonização, pois é justamente a partir de medidas de EE eficazes que o Brasil poderá atingir a meta do Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura média global a um nível bem abaixo de 2 °C acima dos níveis pré-industriais, com esforços para limitá-lo a 1,5°C.
Segundo o estudo do Programa de Eficiência Energética da Aneel (PEE), baseado nas estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA), os investimentos em eficiência energética precisarão contribuir com uma redução de cerca de 35% das emissões acumuladas de CO2 para atingir as metas do Acordo de Paris.
Além das questões climáticas, as medidas de eficiência energética são aliadas importantes na economia de custos, sejam eles operacionais ou na conta de energia no final do mês. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), R$ 90 bilhões da indústria foram gastos com eletricidade e outros combustíveis em 2020. Considerando uma redução conservadora, o potencial de economia é de R$ 6 bilhões por ano ao implantar iniciativas de EE, segundo o SENAI. A indústria ainda é o principal consumidor de eletricidade (quase 40%), e os segmentos Metalúrgico e Alimentício são os líderes no ranking dos 10 mais, conforme números da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Porém os desafios não são poucos. O investimento na melhoria da eficiência energética concorre com investimento na produção, que traz receitas adicionais às empresas. Via de regra, meios que melhorem o desempenho energético são preteridos, demonstrando assim uma visão de curto prazo na aplicação dos recursos.
De acordo com o estudo do Plano Nacional de Eficiência Energética, do Ministério de Minas e Energia (MME): “verifica-se que não há, por parte do setor industrial, a devida atenção com a isolação térmica dos equipamentos e tubulações que operam em altas ou baixas temperaturas. Diversos estudos nacionais e internacionais mostram que a isolação térmica é a forma elementar, inicial e de baixíssimo custo de qualquer programa de conservação e eficiência energética”.

Levando-se em consideração essa afirmação, vale elencar abaixo algumas benefícios a partir da implantação de ações de EE na indústria. São eles:
Crescimento da produtividade: Maquinários atuais e em bom estado gastam menos energia e exigem menos manutenção.
Maior Vida útil dos maquinários: Ao consumir menos energia, os equipamentos tendem a sofrer menos danos e paradas. Com uma vida útil maior, evita-se substituições frequentes.
Redução das emissões: Uso de tecnologias de baixo carbono resultam em operações mais sustentáveis e diminuem as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Produção otimizada: Sistemas de controle automatizado, melhor isolamento térmico e otimização de fluxos de produção reduzem tempos de ciclo e desperdícios, permitindo que as indústrias produzam mais em menos tempo.

Exemplos de Eficiência Energética
• Bombas de calor
Processos de aquecimento direto e indireto, frequentemente feitos por caldeiras e fornos, podem ser substituídos por bombas de calor e sistemas solares térmicos, que são mais eficientes e sustentáveis. Cogeração e recuperação de calor desperdiçado são também maneiras de maximizar o aproveitamento dos recursos energéticos disponíveis.
• Cortinas de Ar
Usar cortinas de ar em entradas de ambientes climatizados para minimizar perdas de temperatura.
• Iluminação
Substituir lâmpadas incandescentes e fluorescentes por modelos LED para reduzir o consumo de energia e o custo.
• Luz Natural
Maximizar a entrada de luz natural por meio de janelas maiores, telhas translúcidas e pintura de paredes com cores claras para refletir melhor a luz.
• Manutenção preditiva
Ajudam a manter o funcionamento dos aparelhos e evitar perdas desnecessárias de energia em decorrência de falhas ou desgaste do maquinário.
• Recuperação de Calor
Capturar e reutilizar o calor residual gerado em processos industriais em vez de desperdiçá-lo.
• Retrofit de Chillers
Os chillers são aparelhos de ar-condicionado usados em estabelecimentos comerciais e industriais, que com o tempo acabam consumindo mais energia do que o necessário. O retrofit dos chillers substitui os aparelhos de ar-condicionado por equipamentos novos e modernos para atender uma demanda térmica e reduzir os custos excessivos gerados pelo sistema anterior mais antigo.
• Sensores de Presença
Instalação de sensores em áreas como banheiros para que as luzes se apaguem automaticamente quando não houver pessoas.
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