Notícias

Notícias
  • Notícias do Programa
  • PotencializEE na Mídia

Eficiência Energética: O Primeiro Passo Para a Transformação Energética Global 

Em 11 de novembro de 2024, às 16:43

Existem várias maneiras de explicar a eficiência energética (EE) mas, resumidamente, é o uso racional de energia, ou seja, produzir mais com a mesma quantidade de energia. Vários países ao redor do mundo já adotaram políticas de eficiência energética na indústria, incluindo o Brasil, voltadas não apenas para energia elétrica, mas também para a energia térmica. Criado no ano 2000, o Programa de Eficiência Energética (PEE) brasileiro é uma iniciativa da ANEEL para reduzir o desperdício e envolve diversos projetos para otimizar o consumo energético em diferentes setores; a indústria é um deles. 

Já os Estados Unidos desenvolveram diversos programas de EE com foco na indústria, incluindo a imposição de eficiência mínima obrigatória na produção e na importação de alguns equipamentos de uso geral do setor, como motores elétricos, caldeiras, fornos e transformadores de distribuição de baixa tensão. Entre as iniciativas de EE americanas, destaca-se o Programa Tecnológico Industrial (ITP, em inglês). Além de melhorar a eficiência energética industrial, o ITP visa minimizar os impactos das atividades industriais no meio ambiente. 

Outros exemplos podem ser citados, como a Suécia que, em 1997, colocou o uso eficiente da energia como uma de suas prioridades. Para isso, lançou, em 2002, o Programa de Política Energética para Uso Eficiente da Energia, que também se estendeu a outros setores além do industrial. Em 2005, a Agência Sueca de Energia criou o Programa Voluntário de EE para a indústria energointensiva. As empresas que dele participam recebem benefícios de redução de impostos.  

As iniciativas de EE já adotadas, porém, ainda estão longe do ritmo pretendido para se atingir as metas climáticas de zerar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2050 e limitar o aquecimento global do planeta a 1,5ºC até o ano de 2030, previstas no Acordo de Paris. Este foi um dos pontos do relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), publicado em novembro de 2023. 

Destaca-se que a eficiência energética é o primeiro passo para a transição global. Na contramão das tendências mundiais, porém, as indústrias brasileiras têm consumido cada vez mais energia, o que significa que o potencial de EE e de mitigação das emissões de GEE é enorme, especialmente entre as micro, pequenas e médias empresas industriais. 

O setor industrial é responsável por 32% do consumo energético e por 18,13% do total de emissões de GEE no Brasil, de acordo com os dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na última década (2010-2020), o valor da tarifa média de eletricidade no país aumentou mais de 50%, representando um dos maiores obstáculos ao crescimento e competitividade da indústria, segundo pesquisa recente da Fiesp.  Diante desse cenário, investir em eficiência energética torna-se fundamental, pois promove a descarbonização dos processos industriais e pode reduzir os gastos com energia em aproximadamente 40%. 

Investir em EE não é apenas reduzir o consumo. É também evitar o desperdício que muitas vezes não estão aparentes. Equipamentos mal calibrados, iluminação ineficiente e sistemas de climatização antigos, por exemplo, consomem mais energia do que o necessário, elevando o custo da fatura, comprometendo a competitividade das empresas, e aumentando as emissões de GEE, com expressivo impacto no meio ambiente. 

 

EE nas pequenas e médias indústrias brasileiras 

A maioria das grandes indústrias já investe em eficiência energética, mas PMEs (Pequenas e Médias Empresas) enfrentam barreiras financeiras para adotar novas tecnologias. Integrado em 2023 ao plano do governo Nova Indústria Brasil, o P​rograma PotencializEE oferece apoio técnico e financeiro para indústrias com até 499 colaboradores realizarem diagnósticos energéticos e implementarem medidas de EE. O programa quer viabilizar uma economia de 7.267 GWh no consumo de energia até 2025, superando o consumo anual de energia elétrica de todo o Distrito Federal, contribuindo assim para a mitigação da emissão de 1,1 MtCO₂e (tonelada de carbono equivalente). ​ 

Se investirem em EE, as pequenas e médias indústrias do estado de São Paulo deixarão de emitir 700 toneladas de CO2 equivalente ao ano, segundo levantamento realizado pelo SENAI SP em parceria com o PotencializEE. De acordo com a média de todos os diagnósticos feitos até o momento. A meta do programa é que as indústrias deixem de emitir 2.000 toneladas de CO2 equivalente ao ano. 

Faça um diagnóstico energético na sua empresa  

O pré-diagnóstico energético é o primeiro passo para identificar onde estão os maiores pontos de desperdício e como reduzi-los de forma eficaz. Pequenas e médias indústrias de São Paulo podem acessar o Programa PotencializEE para realizar uma pré-avaliação gratuita e seguir com o diagnóstico completo. 

Fonte: Programa PotencializEE

Últimas notícias