O que um diagnóstico energético deve levar em consideração? 

Em 15 de outubro de 2025, às 14:26


Você sabe o que é um diagnóstico energético? Trata-se de uma análise técnica do consumo e da eficiência energética de uma organização. Essa análise é o primeiro passo para elaborar um plano de eficiência energética, avaliando o desempenho de sistemas como iluminação, climatização, motores, novos equipamentos e processos produtivos, a fim de gerar economia e promover a sustentabilidade daquela operação.  

No caso das pequenas e médias indústrias, um dos primeiros passos é levantar o padrão de consumo da instalação, identificando falhas, desperdícios e oportunidades de economia. Mesmo para pequenas unidades, é importante seguir normas técnicas como ISO 50002, NR-10 e ABNT NBR 5410, garantindo segurança e confiabilidade no processo. 

O diagnóstico deve incluir etapas como o pré-diagnóstico, que analisa histórico de consumo e gera estimativas iniciais, e o diagnóstico detalhado, com medições in loco de sistemas críticos — iluminação, motores, HVAC e processos produtivos. Esse mapeamento permite identificar investimentos prioritários, projetar economia e definir ações de maior impacto.  

Foto: Alécio Cezar

O uso de indicadores de desempenho energético relacionados à produção ajuda Pequenas e Médias Empresas (PMEs) a monitorar resultados e comparar ganhos ao longo do tempo. Soluções de monitoramento inteligente em tempo real, mesmo que simples, permitem detectar ineficiências rapidamente.  

Além disso, a substituição de equipamentos antigos por modelos mais eficientes, como motores de alto rendimento e iluminação LED, gera economia de energia e reduz custos de manutenção. No entanto, vale ressaltar que cada diagnóstico deve considerar o tipo de negócio e, assim, realizar as mudanças de acordo com a necessidade. 

Outro aspecto fundamental é a análise financeira, que avalia os indicadores das medidas de eficiência energética. Entre os mais utilizados estão o payback (um indicador financeiro que mede o tempo necessário para que um investimento recupere seu custo inicial), a taxa interna de retorno (TIR) e o valor presente líquido (VPL). Esses cálculos devem considerar não apenas a economia de energia, mas também todos os benefícios financeiros identificados anteriormente. 

Dicas práticas para PMEs 

Para garantir um diagnóstico bem-feito, é fundamental analisar o consumo por área e equipamento, mapear horários de maior demanda e relacionar o uso de energia à produção. Ferramentas digitais simples e auditorias periódicas ajudam a manter os dados atualizados e identificar novas oportunidades. 

Segurança e conformidade com normas técnicas devem ser priorizadas, assim como a capacitação das equipes em boas práticas de consumo. É importante considerar não apenas a eficiência energética, mas também os benefícios financeiros e ambientais, integrando a gestão de energia à estratégia de crescimento da empresa. 

Resultados implementados 

O PotencializEE já apoiou PMEs com soluções de eficiência energética que geraram resultados concretos. Um exemplo é a Particolare Sobremesas Congeladas, que implementou melhorias em sistemas de resfriamento e congelamento com apoio técnico e financiamento facilitado. As medidas projetam redução de até 40% no consumo de energia e 70% nas emissões de gases de efeito estufa, mostrando que pequenas e médias indústrias podem adotar soluções inovadoras e sustentáveis sem comprometer seu orçamento. 

Para entender como funciona o diagnóstico energético realizado pelos consultores do SENAI, clique este vídeo.  

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Fonte: Programa PotencializEE