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8 curiosidades sobre o estudo “Transição energética como driver da reindustrialização”
Um estudo realizado pela PwC Brasil lançado em fevereiro de 2025, pela Abrace Energia (associação que representa os grandes consumidores de energia), traz uma série de reflexões sobre a importância da transição energética para a indústria no Brasil.
O “Transição energética como driver da reindustrialização” mostra como o investimento em uma produção com base em energia limpa, eficiente e competitiva tem o potencial de transformar o processo de reindustrialização no país.
O PotencializEE destaca 8 curiosidades sobre o estudo, confira:
1. Indústria é o motor do crescimento pelo mundo
Globalmente, 2/3 (64%) dos episódios de crescimento do PIB per capita nos últimos 50 anos foram estimulados pela indústria. É o caso da China, que no auge do seu período de crescimento (1978-2010) teve 35% do PIB puxado por exportações, diante da rápida industrialização daquele país. A Coreia do Sul, Singapura e Alemanha no pós-guerra também são expoentes de crescimento substancial a partir da industrialização e de políticas de exportação.
2. Alto efeito multiplicador do setor industrial
Para cada 100 empregos criados na indústria, são gerados outros 190 na economia. E para cada R$ 1,00 aplicado na indústria, a economia tem um ganho de R$ 2,14 a R$ 2,40. Como comparação, a mesma quantia investida no setor de serviços reverte entre R$ 1,46 e R$ 1,50.
3. Indústria brasileira enfraqueceu nas últimas décadas
O setor industrial perdeu relevância no PIB do Brasil. Em meados da década de 1980, ela era responsável por mais de 50% na participação nas riquezas do país. Porém, esse percentual caiu para 25,5% segundo dados mais recentes, de 2023. Já a participação do Brasil na indústria mundial caiu de 2% em 1990 para 1,4% em 2023.
4. Oportunidades em vista com agenda climática
A inovação vem gerando uma queda dos custos com tecnologia, enquanto as indústrias com alta emissão de carbono são pressionadas pelo crescente custo de produção e por legislações mais duras, que impactam as exportações. Quem adere a transição energética passou a apresentar vantagem competitiva e pode ser uma oportunidade para o Brasil se reinserir no mercado global.

5. Emergentes concorrem com o Brasil
Programas internacionais de incentivo à transição energética buscam desenvolver novas cadeias, produtos e trazer competitividade para a indústria. Porém, mercados emergentes também estão posicionados e concorrem diretamente com o Brasil para ocupar essas cadeias globais. Um deles é o Oriente Médio, onde os países já criaram fundos soberanos para investimentos em transição energética, com preços competitivos de energia.
6. Força da matriz energética limpa x custo da energia
O Brasil se destaca globalmente por sua matriz energética baseadas em fontes limpas. Isso é uma vantagem relevante, pois vendemos produtos industriais cuja produção emite pouco gás carbônico na atmosfera. A Índia, por exemplo, tem uma intensidade de emissão de CO2 em relação ao PIB 76% mais alta que a brasileira. No entanto, custo unitário da energia por aqui cresceu acima da inflação, muito por conta dos encargos nos preços pagos pela indústria.
7. Visão 2050: Oportunidades de negócio
Demandas globais criam diversas oportunidades de negócio para a indústria – e o Brasil deve buscar protagonismo no cenário internacional. Dentre as destacadas pelo estudo, estão a indústria agro, de alimentos, de base e de suprimentos para áreas da saúde. Para tanto, é preciso construir competitividade coordenando setores e recursos minerais, energéticos, agrícolas para agregar valor e criar rotas siderúrgicas, agroindustriais, de armazenamento e mobilidade elétrica, entre outras.
8. Novas rotas industriais em vista
O levantamento mapeou mais de 30 rotas industriais que poderiam adicionar cerca de 1 trilhão de reais ao PIB e gerar mais de 3 milhões de empregos até 2030. Elas estão divididas em 4 pilares: bioeconomia, transição energética, indústria e mobilidade e economia circular. Foram listadas as rotas como biocosméticos, cimento e alumínio de baixo carbono, cerâmica e cimento refratário, têxteis com resíduos e bioprodutos com resíduos agroindustriais.
Descarbonização da indústria em curso no Brasil
O incentivo ao desenvolvimento de uma indústria com baixo ou zero emissão de carbono é uma das premissas de programas como o PotencializEE, que apoia pequenas e médias indústrias brasileiras na descarbonização de seus processos, para reduzir a pegada ambiental, torná-las mais competitivas e gerar economia financeira através de eficiência energética.
Ao lado do SENAI-SP, o PotencializEE atua do pré-diagnóstico à implementação das ações de eficiência energética, apoiando as PMEs no acesso às linhas de financiamento.
Para ter acesso ao estudo “Transição energética como driver da reindustrialização” completo, basta acessar o link. E para fazer um pré-diagnóstico energético gratuito da sua indústria, acesse: https://www.programa-potencializee.com.br/inscreva-sua-industria/.