Competitividade, sustentabilidade e economia: esses são os pilares que sustentam o futuro da indústria, e a eficiência energética é a chave para fortalecê-los. No entanto, como em toda jornada, existem mitos que podem nos desviar do caminho certo.

Relacionamos os 4 mitos mais comuns sobre eficiência energética em PMEs industriais e explicamos por que sua empresa deve considerar realizar um diagnóstico energético e planejar investimentos em soluções simples e tecnologias mais avançadas voltadas para economia financeira e descarbonização das operações.

Mito 1: Eficiência energética é apenas para grandes empresas

As pequenas e médias empresas (PMEs) têm um papel fundamental na economia global e, muitas vezes, operam com recursos limitados. No entanto, isso não significa que elas devam negligenciar a eficiência energética. Pelo contrário, a adoção de medidas de economia de energia pode gerar benefícios significativos para essas empresas, tanto em termos de redução de custos, que gira em torno de 34%, quanto de aumento de competitividade.

O Brasil enfrenta desafios significativos relacionados ao alto custo de energia, que se torna um entrave substancial para o crescimento e desenvolvimento das pequenas e médias empresas (PMEs).  Com tarifas de energia frequentemente entre as mais elevadas do mundo, as PMEs enfrentam uma pressão financeira adicional que impacta diretamente sua capacidade de investir em expansão, inovação e sustentabilidade.

O peso dos custos energéticos é especialmente sentido por empresas de menor porte, que geralmente operam com margens mais apertadas e recursos limitados. Além disso, o contexto econômico e político do Brasil muitas vezes resulta em volatilidade nos preços de energia, adicionando incerteza e dificultando o planejamento estratégico dessas empresas. Portanto, para que as PMEs possam prosperar e contribuir de forma mais significativa para a economia brasileira, é essencial que sejam implementadas medidas eficazes para reduzir os custos de energia e promover um ambiente mais favorável aos negócios.

Mito 2: [PB1]  Não existem linhas de financiamento para projetos de EE acessíveis para PMEs

Investir em eficiência energética não necessariamente implica em custos elevados, ao contrário do que muitos podem pensar. Na verdade, essa percepção é um mito que pode deter muitas empresas, incluindo PMEs, de buscar medidas de economia de energia.

Embora algumas iniciativas podem exigir investimentos iniciais, esses custos são compensados por economias a longo prazo. Além disso, existem uma variedade de soluções acessíveis e até mesmo subsidiadas, como o Programa PotencializEE, que subsidia o diagnóstico energético em PMEs em 60% e facilitam o acesso a financiamento com taxas favoráveis para projetos de eficiência energética, 

Além disso, existem diversas medidas de baixo custo que podem ser implementadas facilmente, como a troca de lâmpadas por LEDs, o desligamento de máquinas em ociosidade e a otimização de processos.

Mito 3: A eficiência energética prejudica a produtividade

Na verdade, investir em práticas e tecnologias que promovem a eficiência energética pode ter o efeito oposto, impulsionando a produtividade dentro das empresas. A implementação de sistemas de automação, por exemplo, pode reduzir o tempo de inatividade das máquinas, otimizar o uso de energia e melhorar a eficiência operacional. Já a atualização de equipamentos para versões mais eficientes ajuda a reduzir o consumo de energia, além de melhorar a confiabilidade e diminuir o risco de paradas na operação.

Ademais, ambientes de trabalho mais confortáveis e bem iluminados, alcançados através de medidas de eficiência energética, podem contribuir para o bem-estar dos funcionários, aumentando sua motivação e produtividade. Portanto, é importante reconhecer que a eficiência energética não é apenas compatível com a produtividade, mas pode ser um impulsionador significativo dela, beneficiando tanto a empresa quanto seus colaboradores.

Mito 4: A eficiência energética é apenas uma questão ambiental

É verdade que a eficiência energética torna as empresas mais sustentáveis. Ao reduzir o consumo de energia, as empresas diminuem sua dependência de recursos naturais e combustíveis fósseis, contribuem para a preservação do meio ambiente, reduzindo, assim, as emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes associados à geração de energia.

Mas o investimento em eficiência energética gera outros resultados expressivos. Por meio de uma economia significativas de custos operacionais, as empresas melhoram a rentabilidade e a competitividade da empresa a longo prazo. Essas economias podem ser direcionadas para investimentos em áreas chave, como inovação, expansão e desenvolvimento sustentável.

 Ainda, ao adotar práticas e tecnologias eficientes em energia, as empresas podem fortalecer sua reputação como atores responsáveis no mercado, atraindo consumidores conscientes do meio ambiente e parceiros comerciais que valorizam a sustentabilidade.

Sobre o PotencializEE 

O PotencializEE é um programa de cooperação Brasil-Alemanha com apoio financeiro do fundo europeu de descarbonização Mitigation Action Facility, que promove eficiência energética em pequenas e médias empresas industriais do estado de São Paulo. A iniciativa é liderada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e faz parte do Plano Nova Indústria Brasil, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). É coordenado com apoio da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e executado em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). 

Também são parceiros a Desenvolve SP (Instituição Financeira do Estado de São Paulo), o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a ABESCO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

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