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Conheça o modelo de Logística Reversa do PotencializEE

Em 25 de julho de 2023, às 14:25
Fonte: GreenYellow

Ao substituir máquinas e equipamentos obsoletos por versões mais modernas, as indústrias aumentam a eficiência energética na produção e, consequentemente, diminuem gastos operacionais e emissões de carbono. Além da economia financeira e da melhoria dos indicadores de sustentabilidade, a aquisição de equipamentos mais atualizados também pode elevar a produtividade, permitindo que as empresas ganhem mais competitividade no mercado.

Os benefícios compensam os investimentos, mas existe uma questão importante nesse processo: o que fazer com as máquinas e os equipamentos velhos?

Para o PotencializEE e outras iniciativas de eficiência energética, esse é um ponto essencial. Toda tecnologia substituída é submetida a um sistema de logística reversa, que faz a destinação do material de acordo com as legislações vigentes, e considerando todas as possibilidades de geração de receita ou de desconto na aquisição de novos produtos.  Dessa forma, o programa garante a conformidade legal, evita a continuidade de impactos ambientais e prioriza a economia circular.

“O PotencializEE tem foco na descarbonização de pequenas e médias indústrias, então se o equipamento obsoleto for vendido para outra empresa o problema será apenas transferido de lugar. Para evitar esse contrassenso, elaboramos um modelo de logística reversa que prevê a melhor solução para cada caso, dentro da lógica da economia circular e seguindo todos os requisitos legais”, explica especialista e consultor do programa, Dr. Thiago Pietrobon.

A premissa do PotencializEE é que toda tecnologia obsoleta substituída seja analisada criteriosamente e que posteriormente tenha uma destinação ambientalmente adequada e documentada, de acordo com os parâmetros da legislação, incluindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Vale destacar que a PNRS foi instituída pela Lei nº 12.305/2010 e estabelece diretrizes e instrumentos para o gerenciamento dos resíduos sólidos no país, visando à proteção da saúde pública e do meio ambiente e promovendo o uso sustentável dos recursos naturais.

Conheça a seguir as soluções que norteiam o modelo de logística reversa do PotencializEE, começando pela definição de conceitos básicos. 

O que é Destinação Ambientalmente Adequada?

O descarte é o ato de pôr a parte uma substância ou objeto considerado sem propósito para atividades produtivas ou para consumo. De acordo com a PNRS, a responsabilidade do descarte é do gerador do resíduo, que tem a obrigação de fazer uma destinação ambientalmente adequada, que pode ser: a reutilização, a reciclagem ou a disposição final e/ou eliminação admitidas pelos órgãos competentes. 

O que é Logística Reversa?

Logística reversa, em linhas gerais, é o conjunto de processos que visa a recuperação de produtos e materiais para destiná-los para reciclagem, reutilização ou descarte seguro. Os objetivos são minimizar impactos ambientais negativos, atender às regulamentações relacionadas à gestão sustentável e reduzir desperdícios. A logística reversa envolve coleta, triagem, transporte, armazenamento e descarte de materiais, de acordo com as condições e especificidades de cada caso.

O que é Manufatura Reversa?

Também conhecido como engenharia reversa, é o processo que envolve a desmontagem de determinado produto, seguida pela análise de seus componentes, materiais, substâncias, e outros aspectos relevantes. A finalidade é promover o gerenciamento adequado das partes e destinar corretamente os resíduos que não podem ser reutilizados.

O que é Reutilização?

Reutilização, no contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos, é a prática de utilizar novamente um produto, componente ou material, sem que seja necessária alguma atividade prévia de preparo. O objetivo é prolongar a vida útil dos materiais e reduzir a geração de resíduos, evitando assim a extração de novas matérias-primas, o desperdício e impacto ambiental que seria gerado pelo descarte.

No caso de projetos de eficiência energética, a reciclagem ou o descarte são as opções para equipamentos ineficientes, mas em casos excepcionais o reaproveitamento possa ser caracterizado como uso mais eficiente de energia.

O que é Destinação Final?

A destinação final refere-se ao encaminhamento dos resíduos sólidos após a sua coleta e tratamento para aterros sanitários licenciados, onde serão dispostos ou transformados de forma ambientalmente adequada. Outra forma de destinação final é o tratamento térmico ou químico para a destruição e eliminação dos resíduos.

Como funciona o modelo de Logística Reversa do PotencializEE

O modelo de Logística Reversa do PotencializEE envolve a indicação de empresas adequadas para apoiar cada tipo de solução e prevê uma estimativa dos custos ou benefícios com logística reversa, dependendo do equipamento. Vale ressaltar que o planejamento e a execução da logística reversa são critérios para acesso às linhas de financiamento do programa. Por isso, o programa capacitou seus fornecedores credenciados em logística reversa e trabalha em conjunto com empresas especializadas nessa atividade, sempre buscando a melhor solução para as PMEs industriais.

Com base na caracterização de cada resíduo gerado por um projeto em eficiência energética é possível determinar a solução mais adequada, a partir dos seguintes critérios: quando destinar, como destinar, para quem destinar, custos envolvidos e potencial de geração de receita. Os 4 grupos de soluções são:

Grupo 1: Destinação de equipamentos eletroeletrônicos e mecânicos obsoletos 

Essa solução é voltada para os componentes recicláveis que possuem potencial para a manufatura reversa, com possibilidade de destinação para empresas de gerenciamento de resíduos ou recicladoras, devidamente licenciados para tal fim.

Grupo 2: Descarte de equipamentos contendo gás refrigerante

Por causa do alto impacto ambiental do descarte de gases, as soluções do grupo 2 são mais complexas e envolvem critérios minuciosos que atendem às normas e legislações nacionais e internacionais. Entre elas, estão as Instruções Normativas do IBAMA 05/2018 e a Resolução CONAMA 267/2000 que trazem a base legal sobre o tema, definindo a obrigatoriedade de recolhimento e destinação às Centrais de Regeneração, Armazenamento e Análise (CRAs), tipificando como crime ambiental o lançamento destes gases na atmosfera.

Grupo 3: Descarte de lâmpadas

As lâmpadas obsoletas podem ser recicladas ou encaminhadas para destinação final. As que usam vapores metálicos (lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista) demandam tratamento específico, enquanto demais tecnologias são tratadas como resíduo eletrônico. A reutilização pode ser uma opção para lâmpadas e luminárias de LED acima de 60lm/W por encontrarem-se na faixa de eficiência energética definida para a categoria.

Grupo 4: Descarte de óleo mineral e suas embalagens 

Esse grupo de soluções é aplicável às intervenções que resultem na geração de resíduos de óleos lubrificantes, hidráulicos e de isolamento. O mercado de rerrefino de óleos minerais encontra-se bastante consolidado, com ampla rede de coleta no estado de São Paulo. O sistema de descarte deve favorecer a melhor estratégia, de acordo com o volume e o local de coleta.

Participe do Programa PotencializEE

O PotencializEE apoia pequenas e médias indústrias do estado de São Paulo na implementação de medidas de eficiência energética, com suporte técnico e crédito acessível. Os fornecedores credenciados e parceiros do PotencializEE são qualificados para lidar com todo o processo da logística reversa para as PMEs industriais. Ao participar, sua empresa reduz custos com energia, ganha mais capacidade de competir no mercado e diminui seus impactos ambientais – fator cada vez mais importante na tomada de decisão de investidores, clientes e parceiros estratégicos.

Para começar, solicite um pré-diagnóstico gratuito!

Fonte: Programa PotencializEE

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