Com objetivo de implementar a Eficiência Energética em 1 mil empresas até 2024, programa já concedeu subsídio de até 67% para os primeiros 344 projetos

Enfrentando uma crise financeira a cada dia, é natural que o pequeno e médio empreendedor brasileiro fique receoso antes de realizar um grande investimento em seu negócio – principalmente quando a maioria ainda não entende muito bem onde está colocando seu dinheiro, como é o caso da Eficiência Energética.

No novo vídeo promocional do PotencializEE – ‘Você quer saber como funciona o diagnóstico energético do programa PotencializEE?’ –, publicado em outubro, um especialista do SENAI- explica porque o investimento em um diagnóstico energético e, posteriormente, a implementação de um sistema de EE é a escolha certa para as PMEs industriais.

“O valor de um diagnóstico energético varia conforme o porte e a complexidade das instalações, mas uma coisa é certa: o custo é muito inferior se comparado ao potencial de economia (de energia) e aos demais benefícios das ações (de eficiência energética implementadas)”, explica.

Atuando desde 2021 com pequenas e médias indústrias do estado de São Paulo, o PotencializEE tem como objetivo atender 1 mil empresas com diagnósticos e implementar mais de 425 projetos de EE até 2024, facilitando o acesso às melhorias energéticas para empresas que precisam de incentivo financeiro:

“O PotencializEE tem uma meta de realizar mais de 1 mil diagnósticos energéticos em PMEs industriais e, para isso, o programa conta com a parceria do SENAI-SP. Para se ter uma ideia, o subsídio para os primeiros 344 projetos foi de até 67%”, afirmou a especialista.

Além disso, o programa liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e coordenado pela GIZ, Agência Alemã de Cooperação Internacional, oferece o pré-diagnóstico com especialistas certificados pelo SENAI-SP gratuitamente. Após o processo, que dura até uma semana, começa, então, o diagnóstico energético que vai levantar todas as possibilidades de EE em uma instalação.

“Muita gente conhece alguma solução de EE e até as implementam em suas instalações, mas o diagnóstico energético é mais aprofundado. Ele serve justamente para que sejam identificadas todas as oportunidades de EE de uma empresa, observando como elas se relacionam entre si de modo a implementar as ações efetivas da melhor forma no planejamento produtivo”, esclarece a especialista do SENAI-SP.

Podendo ser realizado em indústrias de pequeno e médio porte e qualquer segmento, o diagnóstico energético faz um levantamento amplo de dados que explicam como a energia está sendo utilizada em uma empresa. Em um período de 3 a 4 meses, um especialista certificado analisa o histórico de consumo, a contratação de energia, os dados de equipamentos e sistemas e as informações de ações de EE realizadas ou previstas. Um estudo bem completo: “Estamos falando de vários fatores como iluminação, motores, refrigeração e climatização, ar comprimido e geração de vapor. Enfim, uma série longa de sistemas que tem um consumo de energia. Em alguns casos são feitas também rotinas de medição de consumo desses sistemas para que os dados sejam mais precisos.”

Ao final do diagnóstico energético, o consultor e o quadro de especialistas do SENAI-SP definem a viabilidade técnica e econômica de todas as oportunidades de Eficiência Energética. Os resultados são compilados em um relatório que é entregue à PME industrial e, em alguns casos, já conta com um plano de ação para guiar a implementação de medidas de EE que podem se pagar em um curto espaço de tempo, considerando o potencial para poupar energia e recursos natural que um processo garante.

As visitas dos especialistas podem ser realizadas no site do PotencializEE, que oferece outros serviços para empresas com objetivo de serem mais econômicas sem alterar a produção e, ainda, verdes, uma vez que a adoção da EE também contribui para a redução da emissão de CO₂.

O Programa PotencializEE projeta viabilizar uma economia de 7,267 GWh no consumo de energia até 2024, maior que o consumo anual de energia elétrica de todo o Distrito Federal, e a diminuição de emissões de 1,1 milhão de toneladas de CO₂ equivalentes. Além disso, a iniciativa pode gerar uma economia para pequenas e médias indústrias de 25% com custos operacionais, em média, de acordo com estimativas de programas similares, como o Brasil Mais Produtivo.

Desde que foi iniciado, o PotencializEE já recebeu cerca de 600 inscrições de empresas industriais em 10 regiões de São Paulo para serem beneficiadas com ações que promovem, além da redução de custos operacionais com energia, a reindustrialização de baixo carbono, o aumento da competitividade e a geração de novos empregos verdes.