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Eficiência energética como ferramenta para tornar indústrias mais competitivas
Investimentos em EE podem dar retorno financeiro em menos de dois anos e contribuem para a diminuição das emissões de gases do efeito estufa.
A eficiência energética vem ganhando cada vez mais espaço no contexto internacional e se firmando como estratégia a ser tomada quando se pensa em ações voltadas para aumentar o nível de competividade. No cenário industrial, é uma ferramenta importante para redução do consumo e, consequentemente, dos custos operacionais de uma empresa; além de diminuir as emissões de CO2 e contribuir no combate às mudanças climáticas.
Uma rede de grandes indústrias, formada nos moldes da experiência alemã, criada recentemente no país com o intuito de trocar boas práticas e experiências sobre a eficiência energética aponta nessa direção. Fazem parte organizações como a Bosch, Danone, General Motors, Hyundai, Novelis do Brasil, Suzano, entre outras. A maioria das empresas industriais brasileiras são de pequeno ou médio portes e não possuem o conhecimento adequado sobre os benefícios que podem ser obtidos através de programas para desenvolver eficiência energética em suas plantas fabris.
O estado de São Paulo responde por 26% dos estabelecimentos industriais do país, totalizando 123.119, em 2017, dos quais 98,6% são Pequenas e Médias Empresas – PMEs (CNI, 2019b). Essas indústrias ficaram mais expostas à concorrência internacional e a eficiência energética é o melhor caminho para aumento de produtividade e do poder competitivo. Por exemplo, os motores industriais no Brasil têm idade maior ou igual a 19 anos. Substituir o motor elétrico por um novo apresenta um Retorno sobre Investimento (ROI) menor ou igual a dois anos e o custo de vida de um motor é frequentemente mais de 100 vezes o custo da compra.
No entanto, o maior potencial de eficiência energética na indústria existe em relação ao calor de processos (43%) e aquecimento direto (45%) conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A reutilização de calor em processos industriais que necessitam de grandes quantidades de energia é uma solução considerável. Um compressor de 700 kW com recuperação de energia de 90% pode economizar, em um ano, cerca de 400.000 litros de óleo térmico, 1.066 ton de CO2. Ou seja, a combinação de medidas de eficiência energética com intervenções elétricas e térmicas proporcionam os maiores benefícios para as empresas e o meio ambiente. Além disso, melhorar sua competitividade com eficiência energética permite a criação de empregos por aumentando a rentabilidade da empresa e conquistar novos clientes que querem minimizar a pegada de carbono. O aumento da eficiência energética tem inúmeros outros benefícios, incluindo a redução da demanda por outros recursos como água e maior segurança energética para os fabricantes.
Por onde começar
O programa PotencializEE é uma iniciativa de cooperação Brasil-Alemanha, criada justamente para apoiar pequenas e médias indústrias como as descritas acima na implementação de medidas de eficiência energética, oferecendo suporte técnico e crédito acessível.
Inscreva sua empresa no programa, receba um pré-diagnóstico gratuito e torne a eficiência energética uma prática constante em sua empresa.