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Eficiência energética na indústria de metalurgia e produtos metálicos é fundamental para as metas do Programa PotencializEE até 2024
Até o fim de 2024, o Programa PotencializEE – Programa Investimentos Transformadores em Eficiência Energética na Indústria pretende gerar empregos verdes, reduzir o consumo de energia em aproximadamente 7,267 GWh e alcançar a mitigação de emissões de gases efeito estufa (GEE) na ordem de 1.1 milhão de MtCO2. Para alcançar este resultado, o Programa contará com um trabalho focado também empresas de metalurgia e produtos metálicos, o segundo grupo industrial com o maior consumo de energia do país, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O segmento de metalurgia e produtos metálicos tem um alto consumo de energia devido aos seus processos de produção, iluminação e aquecimento direto, mas está adotando tecnologias e soluções eficientes que podem alterar o cenário atual. No entender da EPE, os setores da metalurgia ferro-gusa e aço são responsáveis por 18,6% da energia consumida no Brasil, a extração de minerais metálicos utiliza 4,1% e outros produtos de metal, 5,9%. Ao passo que se somássemos a extração com a produção, teríamos o grupo com o maior consumo de energia elétrica do país.
Alto consumo na balança
A indústria brasileira responde por 32,1% do consumo final de energia do país, quase 40% da eletricidade consumida e 9% das emissões de Gás Efeito Estufa (GEE). A cada ano, as indústrias gastam R$ 5 bilhões com eletricidade e cerca de R$ 16 bilhões com combustíveis, como apurou a EPE, em 2020. Um terço desta energia poderia ser economizado, especialmente nas PMEs industriais, com intervenções térmicas.
Ao todo, o consumo anual de energia no setor industrial de metalurgia é da ordem de 39,795 GWh, enquanto o dos produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos, está estimado em 3,981 GWh, cerca de 10%. Estes patamares dizem respeito à energia consumida no processo industrial – especificamente a eletricidade utilizada na força motriz (formada pelo funcionamento das fresadoras, máquinas trefiladoras, os tornos mecânicos, as prensas, retificadora e as extrusoras), na iluminação e no aquecimento direto.
No entender do diretor do Programa PotencializEE pela GIZ, Marco Schiewe, a indústria de metalurgia e de produtos metálicos tem respondido positivamente às propostas de incremento de sua eficiência energética. Afinal, existe um entendimento setorial de que as tecnologias e soluções nesta área trazem benefícios reais para as empresas. “Para começar, existem muitas tecnologias consolidadas e de baixo risco”, comenta Schiewe. “E um investimento em eficiência energética possui vantagens inquestionáveis como promover a redução de emissões GEE, alinhar-se aos princípios ESG e ser ambientalmente correto, além de obter um retorno financeiro frequentemente atrativo”, lembra.
Números não mentem
Este foi o caso da Metalúrgica Voigt, produtora de tampões e grelhas em ferro nodular. A indústria executa ações de eficiência energética desde 2017, quando adotou um filtro de mangas ao ventilador do exaustor, trocou um motor e um transmissor da linha de produção e resolveu o problema da geração de gases poluentes. Ao todo, a Voigt obteve uma redução de 55,3% no consumo de energia elétrica no processo, passando de 38,7 kWh para 17,3 kWh.
O mesmo caminho foi observado na trajetória da Metalúrgica Riosulense S/A, localizada no Alto do Vale do Itajaí. Medidas como a troca das lâmpadas dos setores de administração, expedição, usinagem, fundição e iluminação externa acarretaram uma diminuição de 30% no consumo mensal de eletricidade, ou seja, 19.950kWh.
Estes exemplos mostram o quanto um projeto de eficiência energética pode promover a melhoria da produtividade da empresa. Ou a melhor utilização de materiais, a manutenção da qualidade e o aumento da segurança do processo industrial. Há ainda um aprimoramento nas relações de supply chain, com os stakeholders, a oferta de um novo ambiente de compliance e a consequente redução dos riscos de litígio.
Vale lembrar que estes benefícios, primários e secundários, são viabilizados com a adoção do Programa PotencializEE, que possui soluções para toda a cadeia produtiva da metalurgia e fabricação de materiais metálicos. Para saber mais sobre o PotencializEE, clique aqui.