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Eficiência Energética pode contribuir para indústria da cerâmica poupar quase 25% de energia anualmente

Em 3 de novembro de 2022, às 16:29

Troca de equipamentos em fábricas também pode reduzir emissão de CO₂ e uso de matéria-prima

Um dos principais objetivos da implementação da Eficiência Energética nas indústrias é reduzir o consumo de energia sem impactar a produção – como divulga o PotencializEE, programa que já conta com mais de 600 pequenas e médias indústrias do estado de São Paulo desde seu início, em setembro de 2021. No setor de cerâmica, o potencial de economia de energia beira os 25% anuais. Mais precisamente 24,72% por ano, segundo dados de um estudo publicado no site ScienceDirect.

Indústrias de cerâmica vermelha e branca de SP podem reduzir custos de energia com PotencializEE

O número soma os gastos de energia termal, que pode ser reduzida em 5,612 ktep (tonelada equivalente de petróleo), e elétrica, com diminuição de quase 27 milhões de kWh por ano. Liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e coordenado pela GIZ, Agência Alemã de Cooperação Internacional, o PotencializEE reuniu simulações de Eficiência Energética voltadas especificamente para fábricas de cerâmica e vidro. Correspondentes aos números apontados pela pesquisa, os valores potenciais de economia com a troca de equipamentos antigos por mais novos e eficientes impressionam.

Cerâmica vermelha

A instalação de um forno contínuo em uma fábrica de cerâmica vermelha, por exemplo, permitiria uma operação mais uniforme e constante e com menores níveis de perda de calor. De acordo com o fabricante espanhol Monterde, recomendado pelos especialistas certificados pelo SENAI-SP e participantes do PotencializEE, o uso dessa tecnologia pode resultar em uma redução de 50% no consumo de energia. Traduzido em valores, a economia líquida seria de R$ 61,464 mil mensais para um investimento de R$ 205 mil no equipamento, que se pagaria em até, no máximo, quatro meses.

Outra medida de EE que pode ser aplicada na indústria de cerâmica vermelha é a melhoria da combustão por meio do uso de ventiladores nas fornalhas das fábricas. De acordo com dados da Modelagem Setorial de Opções de Baixo Carbono para o setor Cerâmico, a ação tem potencial para reduzir o consumo de combustível em 15% e de lenha em 20%.

Cerâmica branca

Já numa fábrica de cerâmica branca, uma das propostas de EE do PotencializEE sugere a cogeração em plantas de pisos e revestimentos de uma fábrica. Com a produção simultânea de energia elétrica e térmica a partir de um mesmo combustível, o ganho em eficiência energética pode atingir 85%. Analisando um caso mais específico, a cogeração com turbogerador para secagem de argila em plantas de produção de pisos e azulejos por via seca poderia pode ser reduzida em 41,8%, segundo cálculos da Modelagem Setorial de Opções de Baixo Carbono para o setor cerâmico.

Vidro

No caso da indústria de vidro, um dos cenários de implementação de EE com resultados imediatos é a troca de tubulações para a melhoria da distribuição de ar comprimido, com potencial de economia de R$ 45 mil por ano em eletricidade e cujo investimento seria pago em menos de um ano.

Eficiência Energética também pode ser implementada por fábricas de vidro

De acordo com dados de 2018 do META, para os três setores – cerâmicas vermelha e branca e vidro -, a troca de lâmpadas de LED e instalação de telhas translúcidas em suas instalações pode gerar uma economia de 63,52% de consumo de eletricidade.

Dados nacionais

No Brasil, a indústria de cerâmica e vidro consome 4.721 ktep anualmente, sendo 0,046 tep/t usados pela cerâmica vermelha, 0,098 tep/t pela branca e 0,24 tep/t pela de vidro. O consumo de energia do setor de fabricação de cerâmica e vidro concentra-se, principalmente, na demanda de insumos para produção de energia térmica, como gás natural, carvão, lenha e cavaco. Já a eletricidade desempenha um papel secundário na atividade dessas indústrias.

Mas a implementação de EE nas indústrias do setor não se limita apenas à diminuição expressiva nos gastos com os mais diferentes tipos de energia. Os benefícios proporcionados para as atividades de uma fábrica do ramo incluem a redução de emissão de carbono, a melhoria no consumo de matéria-prima e manutenção dos equipamentos, além do aumento na qualidade e segurança dos processos de fabricação.

PMEs de cerâmica e vidro do estado de São Paulo interessadas em alcançar esses números podem agendar uma visita técnica sem custo com um dos especialistas do PotencializEE no site do programa. Após o pré-diagnóstico, o processo de implementação de EE é acompanhado até o fim pelos mesmos profissionais, que garantem que os objetivos estipulados no plano serão alcançados com o suporte técnico de profissionais do SENAI-SP.

Fonte: Programa PotencializEE

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