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Empregabilidade no setor de eficiência energética

Em 27 de janeiro de 2022, às 11:16
Fonte: Unplash.

Os diversos benefícios da eficiência energética vêm sendo reconhecidos dentro das indústrias e na economia, sendo incorporados gradualmente nas agendas e políticas energéticas ao redor do mundo. Existe um crescimento no interesse de entender e mensurar os efeitos de ações relacionadas a eficiência e transição energética, sejam estimulados por altos índices de desemprego ou para justificar investimentos públicos em programas, políticas ou projetos.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério de Minas e Energia junto a GIZ Brasil (Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável), é estimado um total entre 130 e 140 mil postos de trabalho relacionados à eficiência energética em indústria e edificações, com mais de 70% desses empregos localizados no setor de construção civil, muitos deles relacionados a construção de edificações eficientes ou a modernização de edifícios existentes. Nos Estados Unidos foram criados 1,9 milhão de empregos relacionados a eficiência energética em 165.000 empresas apenas no ano de 2015.

A indústria abriga a maior parte das atividades diretamente envolvidas à eficiência energética, sendo seguida pelas edificações e empresas de consultoria. Entretanto, a eficiência energética ocupa até 16% do tempo dos trabalhadores que possuem esse tipo de atividade em segundo plano. As pessoas que trabalham diretamente com eficiência energética possuem um alto nível de formação, mostrando uma demanda por capacitação e especialização para que essas atividades cresçam em importância dentro do mercado. A demanda por capacitação é estimada de 30 a 60 mil profissionais, sendo 11 mil específicas de planejamento e execução de projetos de EE e a União Europeia tem uma meta de criar 400 mil empregos através da eficiência energética até 2030. Os investimentos em eficiência energética de pequenas e médias indústrias têm alta pontuação em todas as três dimensões relevantes para uma recuperação verde: projetos de modernização da indústria são intensivos em mão de obra, exigem fornecedores de serviços locais e equipamentos fabricados no Brasil, impulsionam a inovação empresarial, aumentam a produtividade e liberam economia de energia em processos térmicos para criar novos empregos na indústrias, entre muitas outras vantagens.

A IEA publicou um estudo sobre um cenário de zero emissões dos gases do efeito estufa até 2050 onde a eficiência energética seria a chave para o crescimento de baixo carbono além de fontes de energia limpa para superar a demanda crescente de serviços de energia. Nesse mesmo cenário, a economia global irá crescer 40% até 2030 e a energia se tornará um terço mais eficiente, com a intensidade energética caindo 35% e tendo uma melhoria anual de 4% ao ano até 2030. Combinado com o investimento privado alavancado estimado, os gastos de estímulo econômico em eficiência industrial poderiam proteger ou criar cerca de 2,1 milhões de empregos-ano.

Por onde começar

O programa PotencializEE é uma iniciativa da cooperação Brasil-Alemanha, criada justamente para apoiar pequenas e médias indústrias na implementação de medidas de eficiência energética, oferecendo suporte técnico e crédito acessível.

Fonte: IEA, MME, GIZ, “Energy Efficiency Jobs in America” - E4Future.

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