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Equipamentos utilizados por especialistas do PotencializEE são essenciais para garantir resultados excelentes em Eficiência Energética industrial

Em 17 de agosto de 2022, às 10:58

Valor das ferramentas utilizadas por profissionais certificados pelo SENAI pode chegar a R$ 100 mil

Manometer in power station

A implementação de um projeto de eficiência energética em uma indústria é um processo que exige o acompanhamento de especialistas qualificados, o uso de equipamentos adequados para o diagnóstico do potencial de economia de energia numa fábrica e, como consequência, aumentam as chances de redução dos custos de produção.

Liderado pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e coordenado pela GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional), o PotencializEE oferece diagnósticos gratuitos para Pequenas e Médias Indústrias (PMEs) de São Paulo interessadas em um modo de produção mais eficiente e sustentável. Com a proposta de reduzir em até 30% o consumo de energia em uma instalação industrial, o projeto disponibiliza os melhores e mais modernos equipamentos para os profissionais certificados pelo SENAI que realizam as análises de Eficiência Energética, durante três a quatro meses da fase de diagnóstico de um projeto.

Metas a atingir

“Um dos principais diferenciais do PotencializEE é a infraestrutura de ponta oferecida pelo programa. Todos os diagnósticos de Eficiência Energética são realizados por especialistas treinados, capacitados e certificados pelo SENAI, que utilizam equipamentos confiáveis, calibrados e em boas condições de uso”, garante a engenheira elétrica Ana Carolina de Paula Cruz, que atua como especialista do PotencializEE desde maio deste ano. Segundo ela, esses fatores acabam fazendo muita diferença nos resultados dos diagnósticos naturalmente longos.

Para realizar um diagnóstico preciso e consistente de uma PME, os especialistas do PotencializEE utilizam três principais equipamentos, que são disponibilizados pelo SENAI e levados nas visitas técnicas: o detector de vazamento ultrassônico, o analisador de grandezas elétricas e o termovisor. Os valores dos equipamentos variam de R$ 5 mil a R$ 100 mil.

“No diagnóstico de Eficiência Energética – explica Ana Carolina – as etapas de medição e verificação são umas das mais importantes e por isso a utilização desses equipamentos é essencial”. Ela conta que, nesse momento, é realizada a previsão de como o processo de EE vai funcionar, quais são os cálculos de economia e quanto será o investimento da empresa para implementar o projeto. Todas as metas de economia estipuladas no diagnóstico precisam ser atingidas no resultado final, caso contrário “não há como comprovar que o procedimento (de implementação) vale a pena” – alerta a engenheira, que possui quatro anos de experiência na área de Eficiência Energética.

Fim do vazamento ultrassônico

Com o detector de vazamento ultrassônico, os especialistas do PotencializEE conseguem detectar o vazamento de ar comprimido, que consome uma grande quantidade de energia elétrica para ser produzido, nas instalações. A câmera e os fones de ouvido de amplificação especiais permitem ainda que os profissionais calculem o valor de quanto se perde com o desperdício do ar comprimido. A partir de seu uso, é possível determinar as ações – geralmente rápidas e baratas – de correção do problema.

Detector de vazamento ultrassônico permite identificar vazamentos de ar comprimido

Na parceria com o PotencializEE, o SENAI oferece outro importante equipamento: o analisador de grandezas elétricas. Ele permite a análise dos dados de consumo e de qualidade de energia de uma determinada máquina em funcionamento. Compatível com diversos sistemas, a ferramenta precisa fazer a medição por um período de uma semana, pelo menos, considerando sua memória de massa. A partir da análise dos resultados da coleta de informações, os especialistas são capazes de sugerir a troca de equipamentos – por outros mais modernos e econômicos – ou ainda a adoção de processos de automação com potencial para redução de consumo.

Analisador de grandezas elétricas pode chegar a R$ 100 mil

O termovisor, por sua vez, é utilizado tanto para a análise elétrica quanto para a térmica. Com ele, é possível identificar pontos de perda de calor, gerados a partir de problemas de isolamento ou fluxos de corrente elétrica que, quando irregulares por fatores como mau contato, geram aquecimento. A identificação dessas irregularidades permite a manutenção das instalações. E a garantia de segurança para os funcionários das fábricas, principalmente os que trabalham com a parte elétrica. Afinal, as instalações podem representar riscos quando não são devidamente reparadas.

Termovisor é utilizado para análise elétrica e térmica

Margem de erro mínima

Os especialistas do PotencializEE utilizam ainda outras ferramentas pontuais, como o analisador de gases, que examina a queima de combustíveis e a eficiência dos queimadores a partir da identificação dos produtos queimados. “Os resultados proporcionados por esses equipamentos são bastante precisos e possuem uma margem mínima de erro. Mas é importante frisar que, para se obter as informações corretas, eles precisam ser manejados de forma apropriada”, aconselha a engenheira elétrica.

Ela deu como exemplo a detecção de gás comprimido, cuja distância mínima deve ser respeitada e os dados específicos da instalação devem ser inseridos no analisador.  “Os especialistas em EE são treinados para esse processo. Eles estão preparados para lidar com a parte elétrica e conduzir todos os procedimentos de acordo com as normas”, continua ela, ao reforçar a importância do envolvimento de profissionais capacitados no diagnóstico. “Além disso, são eles que vão interpretar os dados fornecidos ao fim do diagnóstico e, se isso não for feito da maneira correta, a implementação acaba se tornando inútil”, avisa a engenheira. 

Além do manejo correto, os equipamentos utilizados pelos especialistas do PotencializEE precisam ser transportados adequadamente em cases específicos oferecidos pelos fabricantes, que são higienizados com produtos apropriados, guardados em locais reservados, isolados e encaminhados para manutenção regular em laboratórios certificados. Todos os processos são seguidos à risca pelo SENAI, responsável pelo estoque das ferramentas. Os equipamentos podem ainda variar de marca e modelo, proporcionando uma diversificação de análises.

As pequenas e médias indústrias de São Paulo interessadas em trabalhar com Eficiência Energética podem se inscrever no site do PotencializEE. Após a inscrição, a empresa receberá a visita de um especialista do SENAI-SP, que fará uma avaliação gratuita e a proposta de um plano para tornar a fábrica mais eficiente energeticamente. Caso a instituição se enquadre no critério de PMEs, ela pode receber da GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional) subsídio de 67% no valor do diagnóstico.

Fonte: Programa PotencializEE

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