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Mentoria para engenheiras promove empoderamento e liderança feminina na transição energética

Em 24 de junho de 2022, às 10:10
Fonte: Unplash

No mês do dia internacional da engenheira, data celebrada em 23 de junho, o Programa PotencializEE iniciou o projeto “Mentoria para Mulheres da Eficiência Energética”, elaborado para diminuir a desigualdade de gênero no setor, aumentar a equidade de oportunidades e auxiliar na superação de barreiras pessoais e profissionais, como a sobrecarga da dupla jornada de trabalho e o posicionamento delas em equipes masculinas. O primeiro encontro contou com a presença da coordenadora geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia, Samira Sana, que é engenheira eletricista.

“A motivação de estarmos todas juntas é muito grande. É muito relevante trazermos mulheres engenheiras para dentro do Programa PotencializEE, que é uma iniciativa estratégica para nós do ministério. EE é um setor bastante masculino, mas a gente tem tido a satisfação de ampliar esses horizontes”, comentou Samira.

Com duração de três meses, a iniciativa do PotencializEE, coordenado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), tem como objetivo fomentar o protagonismo feminino na transição energética, em especial na área de Eficiência Energética.

“A ideia do projeto é incentivar a liderança feminina, despertando nas profissionais o empoderamento para estarem em pé de igualdade com os colegas do gênero masculino”, ressalta o diretor do PotencializEE, Marco Schiewe. Ele lembra que a Mentoria prioriza o acesso e permanência das mulheres no mercado da EE. “A primeira ação do programa voltada para o público feminino  foi estabelecer uma meta inclusão de, ao menos, 30 engenheiras no curso de especialização de eficiência energética implementado em parceira com o SENAI”, ressalta.

Capacitação e desenvolvimento de carreira

Dividida em três módulos, a mentoria oferece  o aprendizado por meio da junção de teoria (aulas) e prática (mentoria) utilizando a Metodologia Ativa, o Action Learning e o Visual Thinking.”Queremos que  as mentorandas participem ativamente da construção do conhecimento, por meio de um processo de aprendizagem crítica de “dar sentido a um conhecimento” e, a partir dele, desenvolver a compreensão por meio de experiências”, explicou a Carolyna Crepaldi, coordenadora do projeto de “Mentoria para Mulheres da Eficiência Energética” pela GIZ.

Após a conclusão das aulas, cada participante receberá uma mentoria individual e personalizada para estruturação de uma estratégia de desenvolvimento de carreira, tendo a oportunidade de colocar em prática o que foi aprendido em cada módulo. Além disso, serão convidadas a participar de uma palestra inspiradora que será ministrada por profissionais reconhecidas no mercado de EE e também na área de desenvolvimento humano.

A primeira aula realizada no dia 7 de junho deixou as engenheiras animadas. Icoana Laís Martins, 31 anos, mestranda na área de Energia e Sustentabilidade e também consultora de Eficiência Energética PotencializEE se sentiu valorizada.

Icoana Laís Martins, mestranda na área de Energia e Sustentabilidade e consultora de Eficiência Energética PotencializEE

“Acredito que esta mentoria me fará acreditar mais no meu potencial como engenheira. Estive em uma empresa do setor de Eficiência Energética por alguns meses e durante esse período duvidei se eu tinha capacidade ou não para atuar na área. Espero desenvolver autoconfiança diante de algumas situações, principalmente no meio masculino, e perceber que a dor que sinto é a mesma de outras mulheres no setor de energia e que compartilhando nossas histórias possamos nos fortalecer”, desabafou Icoana.

As mulheres na Engenharia

Segundo o último Censo de Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação, apenas 37,3% dos formandos em cursos de graduação de engenharia, produção e construção são do gênero feminino. Já ao analisar os dados ao longo de quatro décadas, apenas 4% do total de profissionais da engenharia no Brasil eram mulheres. Ao mesmo tempo, o Censo aponta que as mulheres já chegam atualmente a ser maioria em cursos como engenharia de alimentos (62%) e bioprocessos/biotecnologia (59,4%). 

No mercado de trabalho, a desvantagem continua. Pesquisa sobre o Panorama da Indústria de Transformação Brasileira, elaborada pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), edição de 2019, mostrou que o setor é responsável por 22.786 empregos formais. Desse total, as mulheres ocupam apenas 27,83% das vagas. Elas são 35% na lista de empregos formais no setor de alimentos, 26% na indústria química e 45%, na farmacêutica.

Fonte: Programa PotencializEE

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