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O PotencializEE apoia mulheres na área da Eficiência Energética

Em 17 de janeiro de 2022, às 14:37
Fonte: PotencializEE.

A participação de mulheres das áreas de ciência, matemática, tecnologia e engenharia é tradicionalmente menor que a dos homens. No seguimento de tecnologia, por exemplo, elas representem apenas 28% da força de trabalho, mais um potencial inexplorado e de alta importância para o crescimento sustentável da economia brasileira.   

Quando o assunto é crescimento na carreira, o cenário é ainda mais discrepante. Segundo dados do IBGE (2019), as mulheres seguem ocupando apenas 3% dos cargos mais altos das organizações e, apesar de terem um tempo de educação formal superior maior (8 anos de estudo, contra 7,6 dos homens), muitas vezes, sua renda é inferior. Também foi constatado que a dupla jornada feminina é de, em média, 18,5 horas semanais contra 10,3 horas de dupla jornada masculina, considerando tarefas domésticas e cuidados com familiares.

A média salarial de uma mulher é de 83% da média salarial ofertada para homens nos Estados Unidos, enquanto no Brasil, esse rendimento cai para 77,7%. Ainda nos Estados Unidos, a média salarial de uma mulher que trabalha em tempo integral é de $45,097, enquanto os homens recebem cerca de $55,291. No entanto, as mulheres ocupam cerca de 47% da força de trabalho e até dois terços são a fonte de renda principal ou a segunda fonte de renda de suas famílias.

De acordo com a National Science Foundation (agência governamental dos Estados Unidos independente), a aparente diferença em matemática é menor em países que promovem maior igualdade de gênero, mas as meninas negras e latinas são mais propensas a serem desestimuladas, pois enfrentam discriminação e têm menos acesso a recursos, oportunidade e modelos a serem seguidos.

No Brasil, de acordo com o CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), houve um aumento de 78% no número de mulheres registradas no Conselho de 2011 a 2020. Segundo pesquisas do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2013, o salário médio das engenheiras eram de 79% da remuneração de seus colegas homens. Ainda de acordo com o INEP, sem censo realizado em 2018, 59% dos universitários são mulheres, porém nos cursos de engenharia 70,7% são homens contra 29,3% do público feminino.

Uma das formas de combater a desigualdade de gênero nas empresas e aumentar o número de mulheres nos campos da ciência, matemática, tecnologia e engenharia é desmistificar a ideia de que há uma diferença inerente no entendimento da matemática entre meninos e meninas. É preciso, também, acabar com o mito de que as meninas não têm interesse em ciência.

Dar às mulheres oportunidades iguais para buscar crescer em carreiras relacionadas a ciência e matemática contribui na redução de diferenças salariais entre os sexos e aumenta a segurança econômica das mulheres. Além disso, ajuda a aumentar a diversidade no ambiente de trabalho e garante um conjunto mais completo de produtos e serviços dos já existentes no mercado.

No PotencializEE, elas recebem apoio especial  

O PotencializEE prevê, entre suas ações para implementar medidas de eficiência energética em PMEs industriais do estado de São Paulo, a capacitação de profissionais da área de energia e correlatas com certificação de especialistas em EE, por meio de seu parceiro técnico, o SENAI-SP. Os profissionais com as maiores pontuações no resultado da certificação irão trabalhar como consultores do programa, realizando diagnósticos de eficiência energética nas indústrias e acompanhando todo o processo previsto até a conclusão da execução dos projetos de EE.

Com o intuito de garantir um time de trabalho diverso, o PotencializEE estabeleceu uma meta de manter, ao menos, 30 mulheres em seu time de consultores. Para isso, realizou ações de comunicação focada no público feminino durante a divulgação do processo seletivo para o curso de especialização. As profissionais que cursarem a especialização em EE do PotencializEE/SENAI terão direito de participar da “Mentoria de Mulheres da Eficiência Energética”, uma iniciativa criada paraoferecer suporte e orientação às mulheres que deste segmento para que possam se posicionar em seu ambiente de trabalho e se desenvolver na carreira. A iniciativa conta com a participação de convidadas que tiveram experiências expressivas no setor de energia e contempla atividades em grupo e acompanhamento individual. A finalidade do projeto é atrair cada vez mais mulheres especializadas no emprego de tecnologias sustentáveis voltadas para a eficiência energética.

Fonte: IBGE, GIZ, AAUW (American Association of University Women)

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