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O princípio “eficiência energética em primeiro lugar” no cenário internacional
As medidas de eficiência energética (EE) têm se tornado cada vez mais importantes nas indústrias, beneficiando não apenas o meio-ambiente, mas também as próprias empresas que adotam iniciativas neste sentido, por meio do corte de gastos e, consequente, aumento da competitividade. Apesar do tema ainda estar em desenvolvimento no Brasil, ele já tem grande visibilidade no cenário internacional.
Os Estados-membro da União Europeia (UE), por exemplo, basearam-se no princípio “eficiência energética em primeiro lugar” (energy efficiency first) e adotaram 4 seguintes pilares para criar as políticas públicas robustas que regem o bloco: diretrizes de eficiência energética, desempenho energético de edifícios, diretrizes de ecodesign e mercado de carbono. A partir desses princípios, a UE almeja ser 32,6% mais eficiente no consumo de energia até 2030, gerar 400.000 novos empregos e atingir a descarbonização até 2050. Uma análise de nove grandes países e regiões, incluindo China, União Europeia e Estados Unidos, mostra que padrões de eficiência ajudaram a economizar cerca de 1.500 TWh de eletricidade por ano em 2018, equivalente a geração total desse ano proveniente de energia eólica e solar nesses países, conforme um relatório recentemente publicado pela Agência Internacional de Energia.
Nas empresas, o princípio “eficiência energética em primeiro lugar” significa priorizar medidas de eficiência energética com boa relação custo-benefício e apoiar a tomada de decisões de investimento para aumentar o nível de competividade. Como resultado, a empresa passa a operar com tecnologias avançadas que fazem muito mais sem exigir tanta energia quanto antes. Isso permite que a organização reduza seus gastos no longo prazo — um retorno que chega, em média, após 2 ou 3 anos do investimento.
Nesse cenário, destaca-se também a prática de ações com foco em EE na Alemanha, classificada entre os top 5 países do mundo com a menor intensidade energética primária. O Estado alemão adota EE em seu setor industrial por meio de políticas públicas efetivas como a obrigação de realizar auditorias energéticas nas indústrias energo-intensivas.
As indústrias alemãs também contam com incentivos como a isenção de impostos para a adoção de Sistemas de Gestão de Energia e concessão de créditos para tecnologias de alto impacto. Além disso, o país oferece programas que fornecem subsídios para realização de auditorias energéticas em pequenas e médias empresas (PMEs) através de consultores capacitados. O país certificou aproximadamente 14.000 consultores de eficiência energética que atendem a indústria e outros setores para apoiar na preparação e implementação de projetos de eficiência energética e melhorar o desempenho energético de forma contínua.