- Notícias do Programa
- PotencializEE na Mídia
Qual é o custo do desperdício de energia no seu negócio?
Um diagnóstico energético feito pelo Programa PotencializEE em uma pequena indústria de borracha identificou o potencial de economia de R$123.539,00 em um ano, com apenas duas intervenções: a modernização da caldeira e a substituição dos compressores de ar.
O mesmo tipo de estudo realizado em uma fábrica de poliuretanos mostrou que o proprietário pode economizar R$234.862,00 implementando ações de isolamento térmico em determinadas operações e fazendo melhorias nos sistemas de iluminação e de geração de ar comprimido.
O investimento em eficiência energética certamente é um bom negócio. Por meio da implementação de um programa voltado para a redução do consumo de energia, é possível alcançar, em média, uma economia de 34% na conta de energia, segundoestudorealizados pela iniciativa “Brasil mais produtivo” da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
O conceito de eficiência energética é bastante simples: significa a capacidade de produzir mais, gastando menos recursos financeiros. Essa capacidade é medida pela quantidade de energia necessária para produzir um determinado resultado ou realizar uma determinada função.
O custo da energia elétrica no Brasil
Energia elétrica é um dos insumos mais caros da indústria. De acordo com dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE), o custo com energia elétrica aumentou 47% entre 2017 e 2022, colocando o Brasil em segundo lugar no ranking das tarifas mais altas do mundo.
No Brasil, são diversos os motivos que encarecem a tarifa de energia elétrica. Segundo um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor industrial é responsável pelo consumo de 41% de toda a energia produzida no País. A escassez de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas podem impactar negativamente a geração de energia, levando à necessidade de acionamento das termelétricas, que aumentam os custos de produção e utilizam a queima de combustíveis fósseis.
Como calcular o custo do desperdício de energia na sua empresa
Identificar os pontos de desperdício de energia é o primeiro passo para a implementação de uma gestão voltada para a economia financeira e para o aumento da competitividade empresarial. Para isso, é necessário realizar um diagnóstico energético, que tem o objetivo de obter uma compreensão abrangente do perfil de consumo de energia de todas as instalações, ambientes, máquinas e equipamentos.
Ao final do diagnóstico, será apresentado um relatório com os resultados da análise dos dados coletados, as oportunidades de eficiência, as recomendações específicas para a implementação das medidas propostas e a estimativa de economia financeira.
O Programa PotencializEE oferece um pré-diagnóstico gratuito para pequenas e médias empresas do estado de São Paulo. Com esse estudo preliminar, já é possível ter uma ideia das oportunidades de economia de energia. Para obter o benefício, basta realizar sua inscrição aqui.
Como é feito o diagnóstico energético
Após esse estudo preliminar, é possível fazer um diagnóstico energético mais aprofundado, que compreende uma análise detalhada e qualificada dos seguintes sistemas e máquinas:
- Sistemas de iluminação: Avalia-se a eficiência energética das lâmpadas e luminárias utilizadas, a distribuição da iluminação e a possibilidade de implementação de sistemas de controle, como sensores de presença e sistemas automatizados. Além disso, são identificadas oportunidades de melhor aproveitamento da luz natural.
- Sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado (HVAC): São avaliados os sistemas de aquecimento, refrigeração e ventilação, incluindo caldeiras, chillers, torres de resfriamento, bombas de água, ventiladores e sistemas de distribuição de ar. A análise envolve a eficiência dos equipamentos, a gestão dos sistemas, a vedação e o isolamento térmico.
- Motores elétricos: São analisados os motores elétricos utilizados nos processos industriais, considerando sua eficiência, tamanho adequado para a carga, sistemas de acionamento, controles de velocidade e medidas para minimizar perdas e desperdícios de energia.
- Compressores de ar: Os compressores de ar são avaliados quanto à eficiência energética, tamanho apropriado para a demanda, vazamentos de ar comprimido, sistemas de controle e gestão adequada do ar comprimido.
- Sistemas de refrigeração: Se houver sistemas de refrigeração na indústria, como câmaras frigoríficas, refrigeradores ou sistemas de resfriamento, são feitas análises em relação à eficiência energética, controle de temperatura, isolamento e gerenciamento de cargas.
Máquinas e equipamentos utilizados em processos produtivos específicos do setor industrial também são analisados em relação à sua eficiência energética, consumo de energia em diferentes modos de operação, tempos ociosos e a possibilidade de otimização de ciclos de trabalho.
Outro levantamento que pode ser feito é a oportunidade de produção de energia renovável na planta fabril, como energia solar, biogás ou biomassa.
Por que eficiência energética aumenta a competitividade da empresa
Otimizar o consumo energético é uma forma eficaz de reduzir custos operacionais e, dessa forma, elevar o potencial de expansão do negócio. Além da economia financeira, empresas que investem em eficiência energética diminuem suas emissões de carbono e tornam-se mais sustentáveis ambientalmente, característica cada vez mais importante e valorizada.
A demanda dos consumidores por produtos e serviços sustentáveis está em constante crescimento. Sustentabilidade empresarial pode ser fator de decisão de compra e fortalece a reputação das empresas, aumentando a confiança de acionistas, investidores e comunidades locais. Essa reputação positiva contribui para a diferenciação da empresa no mercado, melhorando sua imagem e abrindo portas para parcerias estratégicas.
Sobre o Programa PotencializEE
O PotencializEE é um programa de cooperação Brasil-Alemanha que promove eficiência energética em pequenas e médias empresas industriais do estado de São Paulo. A iniciativa é liderada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), coordenado pela GIZ Brasil e executado em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
Também são parceiros o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética). No setor da indústria, apoiam o programa: a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a ABESCO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), e o PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica). Entre os parceiros financeiros estão: Desenvolve SP (Banco do Estado de São Paulo) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), entre outros bancos privados.