Redução nos gastos de energia proporcionada por implementação de Eficiência Energética interessou público

O mês de novembro foi agitado para pequenas e médias indústrias de Campinas e Sorocaba. Nos dias 8 e 9, as cidades sediaram, respectivamente, o quarto e quinto encontros do Circuito PotencializEE. Organizados pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e pelo SENAI-SP, os eventos mostraram para empresários e profissionais de PMEs industriais os benefícios financeiros e ambientais da implementação de um projeto de Eficiência Energética em fábricas e como o PotencializEE, programa liderado pelo Ministério de Minas e Energia, facilita o financiamento para empresas interessadas.

Sócia e diretora da Estrutural Bombas, Roseli Bueno conheceu o programa na edição do Circuito PotencializEE de Campinas e ficou impressionada com a possibilidade de redução em até 30% nos custos de energia de uma indústria através da EE: “Os gastos com energia são muito significativos dentro de uma indústria, e esse suporte que o Programa oferece para as empresas é muito importante para que a gente consiga reduzir custos e nos tornarmos mais competitivos”.

Também descobrindo o programa, em Sorocaba, a coordenadora financeira da Belmetal, Elisabete Dias, se identificou imediatamente com a proposta do Programa. “O objetivo do PotencializEE vai de encontro com o que a Belmetal está buscando já há um tempo: inovação, mais eficiência energética e aumento da competitividade, aliado à diminuição do impacto ambiental. Nós, certamente, vamos avaliar com muito carinho a possibilidade de implementação do Programa na nossa indústria”, afirmou.

Também participaram dos eventos representantes de indústrias que já aderiram ao PotencializEE. Em Sorocaba, o diretor-presidente da IFFA, de Araçaiguama, Sérgio Vezzani, compartilhou o que tem achado do auxílio do programa até agora: “Logo no primeiro dia do diagnóstico, já foi verificado uma série de vazamentos no nosso sistema de produção. Em um ano, apenas a economia com o reparo desses vazamentos já cobrirá os custos que tivemos para receber o Programa. Continuaremos implementando todas as sugestões do PotencializEE para ampliar ainda a nossa competitividade”, contou.

Cases de sucesso como o da IFFA e dados consistentes das vantagens da Eficiência Energética deixaram o gestor da área de manutenção da A. Raymond, Antonio Adipietro, de Vinhedo, ansioso para participar do PotencializEE depois da palestra em Campinas. “Produzir cada vez mais com cada vez menos é essencial, ainda mais com facilitação de captação de financiamento e todo o suporte do SENAI”, disse.

Participaram de ambos os encontros o diretor do Programa PotencializEE no Brasil, Marco Schiewe e o coordenador de Relacionamento com a Indústria do Instituto SENAI de Tecnologia em Energia, Ulisses Vieira. A edição de Campinas teve a presença do diretor da Escola SENAI Roberto Mange, Everson Capobianco, enquanto a de Sorocaba contou com o diretor da Escola SENAI Luiz Simon, Jocilei Oliveira.

Ao todo o Circuito PotencializEE passou por seis cidades de São Paulo – Marília, Bauru, São Paulo (Brás), Campinas, Sorocaba e Jacareí -, onde foram apresentadas tecnologias e métodos estratégicos de Eficiência Energética para diferentes setores (automóveis e peças, cerâmica e vidro, alimentos e bebidas, têxtil e vestuário, química e farmacêutica, plástico e borracha, metalurgia e produtos metálicos, produtos minerais não metálicos, papel e celulose), além de casos de sucesso da indústria.

Atualmente, mais de 700 PMEs industriais de São Paulo já se inscreveram e participam do PotencializEE. Até 2024, o programa busca atender mil empresas com diagnósticos e implementar 425 projetos de Eficiência Energética. Pequenas e médias indústrias podem se inscrever para receber uma visita técnica gratuita de um profissional certificado do SENAI-SP pelo site.